sábado, 17 de maio de 2008

Quantas Tormentas Coleccionas?

Angústia interior sem sentido, doença sonhada, utópica melodia de tranquilidade…
Saudade do que se é… vontade absurda de fugir…
Demência do prazer, busca intemporal do amor!
Exigência impulsiva de sentir… estou a remar…
Para chegar…
Agonia insensata que me prende os movimentos, que desfaz a esperança… multiplicam-se os gritos de socorro… e ouço a perdida ataraxia chorar…
Ausentes os milagres, suplico luminosidade…mas o martírio domina a esfera, dá voltas e voltas…perturba o deslumbramento…
Hesito, e confesso aos fantasmas do marasmo meus anseios.
Perpetua-se a melancolia, a aura pigmenta-se e a alma descansa…
Quantas tormentas colecciono?!
Tantas quanto os enigmas que aprisiono em meu sentir!
Só para poder abraçar o infinito que me envolve, numa estranha e sedosa liberdade… e o luto? Segue a meu lado… e juntos enterramos a raiva e o pavor…
Por fim… só…

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Algodão de Pensamento

Salto…sorrio! Mistifico a névoa de mim…
Regresso ao sonho da maravilha!
Encontro a lua de fantasia, escuto a voz da razão, e salto!
Vou ao limite a gritar… vou solta!
Desenho o marasmo do sentir…
Imploro verdade, mas esqueço!
Temo meu interior, desejo saber!
Duvido, insisto…liberto o corpo… e vagueio!
Penso!
Existo!
Até ao ser!
Ouço na vontade de criança, a alma da existência fugida…
Possuo em meus sonhos a majestosa loucura…
Melancolia de gestos…secretismos exuberantes!
Padeço de existir… e sonho!
Procuro no vazio, um solitário anjo caído!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Silencio!
Cadeia física da voz, não perturbes o meu sonho! Limita-te a escolher um horizonte…
Existem momentos, em que quase esqueço… instantes absolutos de ataraxia!
Houve num outro plano, um retrato pintado pela imaginação, que fazia o tempo parar, num relógio parado no tempo…
Os sonhos amedrontavam o ser!
Tudo caminhava a bem correr, para a perfeita ilusão…
Quem ousaria eliminar tão saborosa harmonia?! Quem erradamente determinaria a origem do prazer?!
Quais explicações empíricas surgiriam, para acalmar um ego maltratado?!
No tal sonho era possível com um simples gesto, acordar!
Na verdade a razão impera!
Sonhos?! São eles… responsáveis pela saudade!
Para que, então injecta-los na nossa inocência?
Acaba-se por perder os encantos de um amor… tão verdadeiro, tão forte!
Da união natural e imortal, surge a cruel e sofrida separação!
Da intuição nascem novos planos de tempo incansáveis…sugam…
Possuem tragos loucos de paixão!
As cores serão sempre as quentes… as gélidas ficam eternamente no sonho!
Está escuro, e dou por mim a tactear paredes húmidas, viscosas e negras…
O escuro torna-se cada vez mais profundo, frio e doloroso!
Desta escuridão surge uma força… inexplicavelmente extasiante…
Possui-me…num canto invisível! Longe de tudo…
A noite apodera-se então das minhas mãos… e fá-las percorrer um corpo intacto de prazer…
Imagino o rosto de tal corpo…
Fica mais escuro ainda, a única coisa que consigo ver é desejo…a voar, a dançar!
Sinto o sangue a correr…
Respiro…suspiro…o inesperado acontece!
Bela e sensual… a chuva da fantasia!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Para ti...

Sozinha… perdida no sonho!
Rumo ao clímax da existência e … desisto…
Preciso de continuar a tentar, a existir…
Busco no horizonte sombrio a chama de meu ser!!!
Murmuro suavemente cantigas de amor, liberto vozes inquietantes…
Por trilhos deduzidos, caminho…
Sinto em mim o puro mel… a verdadeira cura!
Reflexo em tons de vida, retratos de esperança, musica da alma…
Quantas luas mais sofreram por ouvir?…
Tic-tac, tic-tac,tic-tac…
Ressuscito a cada história, continuo a existir!
Sozinha…livre no sonho!

domingo, 11 de maio de 2008

Black

Mania de olhar... deixa-me sozinha!
Mostra-me então de que matéria és feito... revela-te!
Ousas desafiar a minha essência,consomes minha alma deixas meu corpo intacto!
Provocas a minha raiva... chamas a minha paixão... exiges a minha liberdade!
Quem te julgas?! um soberano caçador de máscaras?
Dou -te com a vida todas as peças do puzzle, todos os disfarces e todos os loucos... e tu?
Dar-me-ás tudo aquilo que mais desejo... sem nunca to pedir...
Anjo negro meu amado!

jack

Lembraste daquele luar?...
Na noite carnal, gritaste… e voaste!
Senti em mim o toque de veludo da tua alma! Fizeste-me sentir o gosto de ser especial… mas não ficas!
Sofro de prazer… desejo tudo e todos, como que uma fome que aniquila!
O limite aprisiona-me a um plano sombrio, de presença moribunda…
Aguardo…
Vou vivendo…
Compreendo por fim porque quiseste voar sozinho…

Saudade infinita de te ter!

Horizontes ilusórios prendem-me a um desejo, a uma vontade de me dar ao amor…
Ser possuída por mil prazeres!
Meus gestos denunciam-me… declaram e gritam por dentro que te quero, sem mesmo ter certeza da eternidade!...
Mas tudo não passa da ânsia interior de viver… desespero e enlouqueço…
Sonho! E vivo histórias imaginadas, sofro!
Penso! E duvido do meu ser…
Espero por sinais… quero mais!
Murmuro para mim tudo aquilo que espero de ti!
Ouso desafiar o sentimento da tormenta, e embelezo os desprazeres de mim…
E no fundo jogo sozinha…

Boa noite feiticeira

O silêncio evapora, esfumaça, dispersa…Não me lembro de chegares, nem tão pouco de partires!Tão breve… e nem o toque tão profundo me deu o contentamento de sentir a possessão!Mil rostos, vários personagens, inúmeras histórias, e sempre… sempre o mesmo fim! Qual borboleta desorientada a vaguear pelos cofins da natureza da paz!!!Que falsa passagem, essa a tua! Que ilusão… a de pensar que ganhei…Afinal quem serás tu?! Que forma tens?! E porque te amo tanto?! Que mistério é este?!Vejo-te e revejo-te nas poças de água, que o temporal de desenfreadas emoções, insiste em persistir no seu fim…E a vontade é tanta que não me entristece a impaciência de não saber para que lado devo olhar!E assim vivo! Respiro, anseio, desejo…Revela-te, mostra-te! Solta a tua essência e dá-me um pouquinho de sossego…Garante à minha alma a possessão de saber que te amo, e que tudo está para lá de um desengano!